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FINAL
 
Por Joubertt Telles
 
A desejada. Iria, pela primeira vez, para Holanda ou Espanha. Foto: Getty Images

Com merecimento, a Espanha é a campeã da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Em um jogo truncado, a Fúria derrotou a Holanda por 1 a 0 conquistando o título inédito, no estádio Soccer City, em Joanesburgo. Agora os espanhois podem tirar o apelido de “amarelões” que tinham, porque sempre caiam na segunda fase do mundial.

 Festa espanhola em Joanesburgo. Foto: Getty Images

A partida começou um pouco chata. Os dois times estavam estudando as estratégias do outro. Com isso, foram surgindo várias faltas (perigosas). Esse jogo de falta é típico da Holanda - quem se lembra do jogo contra o Brasil – que para o ataque adversário. Como a Espanha estava pressionando, ela teve mais oportunidades e, essas chances, foram do lateral direito, Sérgio Ramos. O espanhol deu uma cabeçada depois do cruzamento, e o goleiro Stekelenburg defendeu. A segunda foi pelo lado esquerdo a área da Holanda. O lateral passou pelo marcador e chutou torto, dando a possibilidade do zagueiro jogar a bola para fora.
O segundo tempo teve inicio igual ao do primeiro, mas depois as chances foram surgindo para ambas as partes. Quem teve a primeira chance foram os holandeses com Robben. Depois de um lançamento rasteiro de Sneijder, o atacante correu entre dois zagueiros espanhois saindo frente a frente com o goleiro espanhol, chutou no canto direito da meta adversária, mas Casillas salvou com o pé. A seguir, o time do país da tourada também perdeu uma ótima oportunidade. Jesus Navas cruzou pela direita, Heitinga tentou tirar, mas furou, a bola sobrou para Villa que chutou e a zaga adversária tirou.
Tanto a Holanda quanto a Espanha foram perdendo a chance de abrir o placar, entretanto, não tiveram tranquilidade para realizar o feito. Robben perdeu outra grande oportunidade (idêntica à primeira) e Iniesta também fez o mesmo. Sem sucesso de concluir em gol, a partida foi para a prorrogação.

 Iniesta comemora o gol do título. Foto: Reuters

Nos primeiros 15 minutos, nenhuma das equipes tentou acabar com o jogo. Na etapa complementar da prorrogação, as seleções se abriram e foram para o ataque. O tempo foi passando e, aos 11 minutos, aconteceu à glória espanhola. Iniesta recebeu de Fabregas na área, ajeitou a Jobulani e chutou sem chances para o goleiro holandês; 1 a 0. A Fúria – que não virou brisa, como antigamente – segurou o jogo até o fim do jogo. Assim, se consagrando campeã mundial em cima da grande equipe holandesa.
A Holanda ficou igual ao Vasco e Botafogo, “consagrou” em trivice. E a Espanha, pela primeira vez na final, ergueu a taça. Feito, somente, realizado por sete seleções, agora, por oito.
Parabéns à Espanha, com um jogo sempre ofensivo, mostrou ao mundo que retranca não se ganha jogo e nem campeonato!   
 
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  DECISÃO DE TERCEIRO LUGAR
 
Por Gabriel Nascimento

 Era o duelo dos perdedores da semifinal. Uruguai e Alemanha chegaram a Porto Elizabeth com a intenção da conquista do terceiro lugar na Copa. Não foi aqueeele jogo, mas teve lá suas grandes emoções. A partida começou com mais ações alemãs e Müller, que não jogou nas semifinais, mandou a bola no travessão, mostrando que seria um jogo interessante. E a pressão inicial deu resultado. Aos 18, Schweinsteiger chutou de fora da área, o goleiro Muslera não segurou e o mesmo Müller mandou pro gol. 
 Jansen (2) fez o segundo gol alemão. Foto: Getty Images
Mas para quem pensava que seria fácil para os alemães... O Uruguai chegou ao empate dez minutos depois. Suárez, ao som de vaias, tocou para Cavani finalizar e colocar tudo igual no placar. Com o gol o time celeste passou a jogar melhor, mas não conseguiu converter em gols. O mesmo Suarez teve uma chance de ouro aos 41, mas chutou para fora. O primeiro tempo terminou 1 a 1. Sobre as vaias para cima do Suarez, o motivo que aparenta ser, é pelo fato do lance decisivo no jogo contra Gana. Provavelmente os africanos não devem ter boas lembranças dele.
A segunda etapa voltou e o jogo deu uma caída no ritmo, que já vinha do finalzinho do primeiro tempo, mas aos poucos foi voltando ao normal: sem grandes emoções, mas com aqueles lances para chamar a atenção. Logo aos seis, Forlán pegou o cruzamento de primeira e virou o jogo. Uruguai na frente! Seria hoje o dia em que o time celeste terminaria a Copa em terceiro lugar? Não. Infelizmente não. Três minutos depois, depois de uma saída bisonha do goleiro Muslera, Jansen cabeceou e deixou tudo igual de novo. Os guerreiros sul-americanos acabaram recuando, e chamaram os alemães pedindo para tomar gol. E tomaram. Aos 37. Sim, aos 37, com muita contribuição da defesa uruguaia... Khedira fez o gol da vitória. Prorrogação? Quase. Aos 48, Forlan cobrou uma falta no travessão. Quase. Por fim, uma terceira colocação honrosa para os alemães e um quarto mais que honroso para o Uruguai. Os sul-americanos foram os últimos da América do Sul a se classificarem para o Mundial – ganhando na repescagem da Costa Rica. Na Copa foram os melhores latinos. Para fechar... o polvo Paul acertou mais um vencedor e foi o último suspiro da Jabulani na Copa. A bola da final será a Jobulani. Esse sentimento de despedida não é tão legal, mas é isso... 


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SEMIFINAIS
Por Fernando Kelbert

A Espanha, uma das favoritas da Copa (depois vem a Holanda), e a Alemanha (também uma favorita à taça), tiveram um encontro pra lá de emocionante, ou melhor, nem tanto.
Ao começar o jogo, a Alemanha tinha dificuldades de fazer pelo menos uma finalização, e a Espanha, “liderou” já no primeiro tempo, com 66% de posse de bola e fez esquemas que funcionaram ao longo do jogo: fez a Alemanha mandar chutes por cobertura. Na zaga, se você viu o jogo, percebeu que eles ficavam todos colineares, eu só não entedia o porquê, mas funcionou.
A Alemanha tinha jogadores que se destacaram em jogos passados, mas nem apareceram no jogo contra a Espanha (estavam se escondendo do melhor, rs).
Os jogadores alemães já estavam com uma pressão psicológica grande em campo com Boateng sempre pedindo um cartão.

 Puyol (5) sobe mais alto que todo mundo e manda para a rede a bola da classificação. Foto: Reuters

O descanso e os goles de água gelada fizeram bem para os espanhois, que voltaram no segundo tempo muito mais ágeis e seguros, que quase acarretou um gol, aos quatro minutos. Xabi Alonso pegou de primeira e a bola passou bem pertinho do gol.
O técnico alemão não estava conformado com seu ataque e defesa, e aos seis minutos, Jansen entrou no lugar de Boateng. Após a troca, eles já conseguiram fazer toques pelo chão (uma mudança até aí), mas não demorou muito para a Espanha voltar ao contra ataque. Aos 12’, Villa não alcançou a bola cruzada , em frente ao gol, e sozinho.
Aos 15’ já eram de finalizações para Espanha e duas para a Alemanha, que voltou a colocar sangue novo em campo aos 16’.
Depois de outra mudança, quase sai novamente um gol dos alemães, mas felizmente, Casillas faz uma linda defesa.
E finalmente, depois de 73’ de jogo, a Espanha marcou o gol da classificação. Xavi chutou de escanteio, e com um erro de marcação da Alemanha, Puyol ficou sozinho e cabeceou bonito para o gol, deixando os alemães mais preocupados ainda.
E a partir daí, começou as incríveis defesas da zaga espanhola. Lembra do jogo contra o Portugal? Foi a mesma coisa...
E depois aos 34’, a Alemanha faz a última substituição e a Espanha também. Saiu David Villa, sendo aplaudido por todos no estádio, e entrou Torres, também sendo aplaudido.
E nos últimos minutos de jogo, Marchena entra no lugar de Xabi Alonso, para catimbar a partida.
Aos alemães, restou a decisão pelo 3º lugar contra o Uruguai. Foto: Getty Images

Fim de jogo, fim de copa para a Alemanha. Concluindo: a Espanha aproveitou as chances que lhe foram oferecidas e mereceram esta vitória, outra, aos 37’ do segundo tempo, aqui no Brasil, Bruno se entregou a policia (no caso Bruno, lembra?).
E vemos que o polvo chamado POVO, acertou mais uma vez o resultado de um incrível jogo, de uma incrível copa.


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Por Rejane Campos
 
A Holanda é a primeira seleção garantida na final da Copa do Mundo da África. A laranja mecânica, famosa por seu jogo ofensivo e pragmático, tem a terceira chance de conquistar pela primeira vez o topo do mundo.
Ao Uruguai, cabe buscar o terceiro lugar na competição. E vale mais uma vez ressaltar a garra, a força e a superação da seleção Celeste, que foi além das expectativas dos críticos e reascendeu o espírito do futebol uruguaio no cenário do esporte. Lugano, Fórlan, Suares e cia, estão de parabéns recuperaram o respeito à seleção perdido com os fracassos das ultimas participações nas últimas Copas.

 Sneijder (10) fez contra o Brasil e também deixou sua marca contra os uruguaios. Foto: AFP

Assim como no jogo contra o Brasil, a Holanda não jogou tudo que sabe, mas nas oportunidades de mandar a bola para o fundo das redes eles não desperdiçaram.
O primeiro tempo foi morno e muito equilibrado entre as duas equipes. O Uruguai sentiu as ausências de seu capitão Diego Lugano e do atacante Suaréz. O gol holandês saiu de um forte chute de Gio Van Bronckhorst, de fora da área no ângulo do goleiro Muslera. Diferentemente do que aconteceu no jogo contra a seleção Canarinho, os uruguaios não se assustaram com o gol e foram para cima da seleção holandesa. Já no final da primeira etapa, Diego Fólan, também com um belo chute de fora da área fez um golaço.
Na segunda etapa, o Uruguai começou dominando, mas foi desestabilizado com o gol de Sneijder acertando o canto de Muslera. Mais uma vez o camisa 10 da Holanda foi decisivo. Mas um detalhe deste gol é que Van Pérsie estava impedido e participou da jogado. Portanto, gol ilegal. Com a Holanda em vantagem no placar, o jogo ficou mais aberto e Robben marcou de cabeça o terceiro gol holandês após passe de Kuyt. No fim, o Uruguai diminui a diferença e quase empatou o jogo a partida.
Com justiça a Holanda está na final da Copa de 2010. Invicta no mundial a seleção que chegou como candidata a surpresa na Copa, surpreendeu e pode voltar com o caneco para casa.